segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

CARNAVAL DE VENEZA SERÁ DEDICADO ÀS "SENSAÇÕES"

Todo mundo conhece, mesmo que por notícias nos jornais ou emissoras de tvs e de rádios, o carnaval brasileiro. Com certeza os brasileiros já se divertiram ao menos uma vez, ao som dos sambas enredo, marchinhas, do frevo ou do maracatu. De fato a festa mais popular do país encanta. Mas conhecer a folia em outros países não é nada mal. A baixa do dólar está favorecendo as viagens internacionais e, porque não curtir um carnaval diferente. Nossa sugestão: Veneza.

A edição de 2008 do Carnaval de Veneza se chamará "Sensation". A manifestação, programada para ocorrer no centro histórico da cidade ocorrerá de 25 de janeiro a 5 de fevereiro já foi apresentada pela prefeitura de Veneza.

A grande festa, organizada pelo diretor artístico Marco Balich, manterá os eventos tradicionais, como o "Vôo da Colombina" e a "Festa das Marias", mas rompe decididamente com o passado, ao inovar "com um carnaval distribuído segundo os cinco sentidos" por muitos bairros de Veneza, levando o "sexto sentido" para a clássica Piazza San Marco, que continuará sendo o centro da grande festa italiana.

Relançado há algumas décadas, o Carnaval de Veneza se transformou imediatamente em uma atração internacional imperdível, que atrai dezenas de milhares de turistas todos os anos. Durante os dias do Carnaval, diversos eventos e iniciativas culturais ocorrem tanto pelas ruas, em situações improvisadas pelos artistas de rua, quanto aqueles organizados nos teatros da cidade.

Famosa por sua tradição, beleza e pelo uso das máscaras, a festa de Veneza reúne o povo da cidade italiana em dias de apresentações teatrais, acrobacias e comilanças pelas ruas. História Segundo o site oficial do evento, “a festa dava às classes baixas a ilusão de poder em uma sociedade governada por poucos escolhidos; deste modo, as tensões sociais eram amenizadas e o consenso era mantido”.

Os visitantes vinham a uma cidade famosa por sua licenciosidade, onde os venezianos colocavam máscaras para fazer festa, flertar, ter encontros amorosos e jogar jogos de azar sem o temor de serem reconhecidos por seus credores.

A máscara mais comum era conhecida como "bauta" --branca, com nariz curvo, usada sob uma capa preta e presa no lugar por um chapéu tricorne. Cobrindo o corpo inteiro, ela confere anonimato total a quem a usa, escondendo seu rosto, status social e até mesmo seu sexo. "La Serenissima", como era conhecida a República de Veneza, recorreu a leis rígidas para tentar limitar o uso das máscaras. Uma delas, em 1458, proibia homens de entrarem em conventos vestidos de mulheres para cometer atos "desonestos".

O castigo para quem infringia as leis das máscaras eram severos. Prostitutas flagradas usando máscaras eram empurradas, sob açoites, da ponte de Rialto até a praça São Marcos, e os homens podiam ser condenados a passar 18 meses remando nas galés com as quais Veneza dominava o comércio no Mediterrâneo.

Hoje, Veneza se transforma num grande teatro ao céu aberto, com performances de mais de 1.400 artistas em 30 bandas de música e 25 grupos de teatro. (dados de 2007)

A praça de São Marcos também abriga a batalha das bandas, nas quais grupos de marchas latino-americanas concorrem com tocadores de gaitas de fole escoceses.

A praça mais famosa da cidade é o melhor lugar para se ver os foliões fantasiados desfilando em suas criações originais ou suas máscaras venezianas tradicionais.

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