quarta-feira, 16 de abril de 2008

CÓRREGO DO MATO - ENTRAR PELO CANO

Há alguns, dias passei pela Rodoviária de Jundiaí e diga-se, um local “mui bello”, e me deparei logo no hall de entrada com um mapa, estudo, projeto arquitetônico, não sei a qualificação da especificação técnica, da Avenida Nove de Julho e do Córrego do Mato. Ali, havia menção de que a Avenida seria reurbanizada e o Córrego canalizado. Amargou minha boca!!! Caros amigos, pessoas que ainda tem um pingo de discernimento, aquilo que li deve ser uma grande brincadeira de mau gosto, ou realmente ninguém mais se importa com a vida existente neste nosso velho mundinho. Para aqueles que passam de carro pela Avenida Nove de Julho pode ficar a impressão de que o referido córrego é morto, um local habitado por baratas e ratos, LEDO ENGANO! O LOCAL É VIVO E CHEIO DE VIDA, vida aquática e terrena, com peixes, plantas e pássaros. No local, existem garças, martins - pescadores, andorinhas, bem-te-vis, guarus, lambaris, tambiús, cascudinhos (muitos), além de uma infinidade de plantinhas aquáticas que acabam deixando a água limpa e habitada. Aí fico pensado em tudo aquilo encanado, dentro de uma manilha, sem sol e ar, fico pensando o que vai sobrar. . . Já sei, RATOS E BARATAS! Destruir a vida de um córrego milenar para uma terceira pista de asfalto? É impossível que alguém queira isso, digo, é impossível que a população de Jundiaí queira isso. É sempre bom lembrar que os governantes são nossos prepostos e estão lá para fazer, pelo menos é assim que deveria ser, o que desejamos, e seria muito bom perguntar sobre essa viabilidade antes de “enfiarem a vida pelo cano”. Nós todos devíamos descer de nossos carros e darmos uma bela olhada neste regato, apreciar a vida persistente que ali existe, refletindo se vamos permitir que ela escoe por uma manilha diretamente para o nada. Não tenho conhecimento técnico, porém, não precisa para perceber que a canalização fechada do Córrego do Mato fará destruir tudo que ali existe, inclusive, as águas que afloram em seu leito durante os poucos quilômetros de sua existência acompanhando a também linda Avenida Nove de Julho. Pessoal, gente que ama a cidade, autoridades comprometidas com a vida e principalmente a promotoria de Jundiaí, não deixem que o Córrego do Mato seja enlatado, encarcerado, e que a natureza mais uma vez “entre pelo cano”. Fabiano S.Soares Advogado S.Soares e Solcia (11) 4522-3634

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