quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Palestras marcam o dia do Síndico

Por Simone Prado Cerca de 150 pessoas, entre síndicos, subsíndicos, conselheiros, zeladores, administradores de condomínios e empresários de Jundiaí e região participaram do evento do dia do Síndico, comemorado no dia 30 de novembro. Pelo quarto ano consecutivo, o evento foi organizado pela LGM Prestação de Serviços e o Condomínio Express e foi marcado pelas palestras: “O síndico como Gestor de Segurança nos Condomínios”, ministrada pelo Capitão José Elias de Godoy da polícia militar e “Responsabilidades Legais dos Síndicos”, com o advogado Dr. Márcio Rachkorsky, membro do quadro “Chame o Síndico” do Programa Fantástico da Rede globo. Durante a palestra “O Síndico como Gestor da Segurança nos Condomínios”, o Capitão José Elias de Godoy valorizou o síndico e pediu a participação dos condôminos nas ações internas. “Hoje, 81% das pessoas que vão morar em condomínios buscam a segurança, mas não adianta só pagar o condomínio para poder ter essa segurança, tem que participar”, disse. Elias também abordou aa palestra que a segurança é de responsabilidade do síndico, por isso, ele tem de se conscientizar dos procedimentos de segurança juntamente com os funcionários e condôminos. Já na palestra “Responsabilidades Legais dos Síndicos”, o Dr. Márcio Rachkorsky, abordou que o cargo de síndico não é só de importância financeira, mas social. Para ele, o síndico é um pouco de médico, advogado, engenheiro e psicólogo, e alertou as pessoas sobre a responsabilidade legal e inerente ao cargo de síndico. De acordo com Dr. Márcio, um condomínio só funciona bem se ele tiver quatro pilares fundamentais. “ 1º - O síndico deve ser bem informado. Ele não precisa saber como é ser síndico, mas sim se informar; 2º - Ter um corpo diretivo com subsíndico e conselheiros que ajudem de verdade, que não fiquem dando só palpites. Tem que ser atuante; 3º - Ter uma boa administradora. Não dá mais para fazer as coisas num fundo de quintal, de forma caseira; 4º - Ter uma boa assessoria jurídica para embazar tudo o que eles fazem. Com esses 4 princípios fundamentais, é fácil cuidar de um prédio”, encerra. Para Odete Henriques Amaro, uma das sócias proprietárias da LGM, o síndico é principal contato. É ele quem decide junto aos demais moradores a opção para a terceirização de serviços. “O que nós vemos no momento é uma pessoa muito importante dentro do condomínio. Há muita boa vontade, mas falta um pouco mais de conhecimento técnico, por isso, procuramos oferecer eventos como este, com palestras e uma hora feliz para criar uma integração, e para que eles possam conhecer síndicos de outros condomínios podendo até trocarem experiências”, diz. O evento contou, ainda, com Happy Hour e sorteio de brindes entre os participantes. Ser um síndico Como em muitas outras funções, trabalhar em conjunto sempre traz resultados mais positivos. No caso do Condomínio Residencial Vila Graff não é diferente. O subsíndico, Sílvio Rodrigues da Silva Santos diz que no condomínio dele, síndico e subsíndico trabalham em conjunto e acabam dividindo as tarefas. “As decisões são tomadas em conjunto, fazendo com que ambos tenham o mesmo poder, claro que isso não acontece em todos os condomínios”, diz. Para ele, esse tipo de evento com palestras é muito interessante, pois acrescente muito. “Acho tão importante essa reciclagem que já realizamos, junto com a LGM, uma palestra sobre a responsabilidade do síndico e a segurança nos condomínios, onde 30% dos moradores participaram”, conclui. Para Wagner Alves, síndico do Eco Village II, do Eloy Chaves, a vida de síndico é instável. Ele procura resolver os problemas sempre da melhor maneira possível. Segundo ele, a responsabilidade do síndico é essencial. Ele tem que ter comprometimento com os moradores, sempre dar retorno para todos, não deixar ninguém sem resposta e, se surgir uma dúvida, ele tem que esclarecer sendo o mais transparente possível. Wagner diz ainda, que o seu relacionamento com os condôminos é muito boa. “Eu me orgulho em saber que tenho 86% aprovação como síndico”, encerra. Mas há quem não goste muito da função. Como é o caso de Sebastião Silvestre de Camargo, proprietário do Condomínio Express. Ele diz que não gostaria de ser síndico, pois além de ter a sua vida particular, trabalha fora. “Além das atribuições com a família e o trabalho, nas horas vagas é necessário resolver problemas com o vizinho, inquilino, transporte, manutenção geral, limpeza, por isso, eu não gostaria de ser síndico e admiro muito quem é”, comenta.

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