terça-feira, 13 de novembro de 2007

“Casos de condomínios”

Dadamiana Quando o casal escolheu Jundiaí para morar, sabia das vantagens e desvantagens de uma cidade do interior. Sabiam que encontrariam tudo bem diferente daquilo que viviam na capital Paulistana, mas mesmo assim, resolveram mudar. Ambos eram corretores de seguros, trabalhavam na Lapa e, em pouco mais de meia hora estariam no escritório. Perfeito! Como ficariam fora por todo o dia e, consequentemente o apartamento ficaria sem ninguém, sentiram a necessidade de contratar uma empregada doméstica, mas essa mesma pessoa deveria também saber cozinhar para quando chegassem, no final da tarde, o jantar já está pronto. Começaram a perguntar para as empregadas se alguém conhecia uma pessoa de confiança para trabalhar, já que a responsabilidade do apartamento ficaria por sua responsabilidade por todo o dia. Foram tantas as entrevistas, que até cansaram, pois quando as candidatas ao cargo sabiam cozinhar, não queriam passar roupas e vice-versa. O porteiro, folguista, soube da necessidade do casal e se prontificou em ajudar. Prontamente interfonou avisando que tinha uma conhecida que se encaixava perfeitamente no perfil de empregada que eles necessitavam. Marcaram, então, a entrevista para as 7h da manhã para conhecerem a pretendente ao cargo. Na manhã seguinte conheceram Damiana. Seu apelido era Dada. A moça tinha 24 anos, era morena da cor de jambo, solteira, mas tinha um filho que era cuidado pela avó no interior da Bahia. Dada sabia cozinhar, passar e prometera cuidar da casa dos patrões como se fosse a sua própria casa. Negócio fechado. Combinaram o salário e o período de experiência numa tentativa de ter certeza de que tudo que foi dito por Damiana era verdade e se cumpriria o que prometera. Dada cozinhava maravilhosamente bem, fazendo os patrões até adquirirem uns quilinhos indesejáveis. Quanto ao apartamento, esse estava sempre um “brinco”, limpo, cheiroso, tudo que um patrão espera de um empregado, ainda mais ao retornar do trabalho. Certa manhã, o casal partiu para o trabalho. Chegando em Cajamar, perceberam que havia deixado um contrato de seguro em casa e resolveram voltar. Ao abrir a porta, tamanha foi a surpresa: Dada estava em plena atividade sexual com o porteiro folguista na cama da patroa, enquanto o jardineiro, de cueca, afiava a “ferramenta” e aguardava sua vez. Com um grito: “que está acontecendo aqui?”, descobriram que a empregada era quase perfeita. Enquanto os patrões ficavam fora, Dada recebia amigos para o desfrute. Os patrões, agora ex-patrões, descobriram que Dada saiu fugida da Bahia porque as todas as mulheres da cidadezinha onde morava estavam a ponto de linchá-la. Ela era a alegria dos homens casados e dos não casados também. Dada, dava para todos. Por Dr. José Miguel Simão

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